Música e preservação ambiental: um casamento que pode dar certo

Projetos da Ong APAVERDE aliam música e diversão a favor da preservação ambiental.

Com o avanço da tecnologia, a nova opção do mercado automobilístico, para os que acreditam na preservação do planeta é o carro verde. A aquisição do novo carro vem sendo incentivada pelo governo de São Paulo, que até reduziu as taxas de IPI para facilitar a compra. Enquanto o carro verde não chega a Belém e vai ganhando o seu espaço no mercado, os projetos de incentivo de preservação ambiental vem ganhando força por meio de Ong’s e instituições da cidade.

É o caso do projeto “Caravana Carbono Neutro” da Ong APAVERDE(Associação Paraense de Incentivo a Doação de Órgãos e Preservação do Verde), que é dirigida pelo casal Élida Brás e André Lobato (o Kaveira) . Segundo Élida, o projeto surgiu com o intuito de promover um curso itinerante de Dj’s. Seu foco é voltado para os profissionais de mídia: “Nosso principal objetivo é difundir idéias de preservação e conservação do meio ambiente ao mesmo tempo que capacitamos dj’s, fotógrafos, e outros profissionais de mídia”,afirma Élida.

O projeto, tido como ponto de mídia, recebeu diversos prêmios dos Ministérios da cultura e do Meio Ambiente, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado e das empresas Mônaco. Para se inscrever no projeto os interessados devem plantar 10 árvores, e então farão o curso de DJ inteiramente grátis. Os formandos recebem certificado de qualificação de Dj Carbono Neutro e saem do projeto conscientes da importância da preservação ambiental.

Lady Green e a “Balada de Responsa”.

Élida Brás é a pessoa que dava vida à Dj Saynha. Pensando em alavancar a sua carreira, ela recentemente mudou de nome e passou a se chamar Lady Green, em homenagem a cantora americana Lady Gaga e principalmente como forma de incentivo para os projetos da entidade que dirige.
Ela e o marido, são os principais organizadores do projeto “Balada de Responsa” também realizado pela APAVERDE. O projeto promove diversão e entretenimento para os seus participantes aliando música e preservação num no mesmo ambiente. A neutralização de Co2 e a reciclagem de embalagens e latas de cerveja movem o projeto.
Quanto ao retorno do público, Élida fala que no decorrer dos anos as pessoas passaram a aderir mais a esse tipo de conscientização. “Nós fomos os primeiros organizadores desse tipo de eventos na Amazônia, com o “Forrest Save”, na floresta encantada, em 1997, onde as pessoas levavam 2 Kg de alumínio em troca do ingresso. Hoje nós vemos pois uma resposta melhor do público as pois há uma geração que já tem uma certa consciência coletiva”,diz.
Para a universitária Camila da Silva, que participou da última edição do evento, a recíproca é verdadeira: “A iniciativa é super legal, além de você se divertir, você ainda ajuda a preservar o meio ambiente”, conta.
No próximo carnaval, a Ong promoverá o ”Ecocarnaval de Belém”, na Cidade Velha. Ainda sem data definida, Élida adianta que o evento vai ser imperdível: “O evento terá toda uma decoração que reutilizará matérias e terá todas as suas emissões de Co2 neutralizadas, além da reciclagem dos dejetos por cooperativas”, afirma.
Além dos projetos de preservação, a APAVERDE ainda possui um projeto que incentivam a doação de órgãos. A Ong conta com a colaboração de aproximadamente 60 mil voluntários entre cadastrados e não cadastrados pelo site da instituição.
Este tipo de iniciativa mostra que por mais que o carro verde não deslanche, as “velhas” formas de incentivo à preservação ainda são a melhor forma de ajudar o planeta e fazer a diferença.